quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Combate à pirataria - Polícias do RJ e de SP desvendam esquema de falsificação de bebida




Um trabalho em conjunto das Polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo desvendou um dos maiores esquemas de falsificação de bebida do país. A ação foi chamada de Operação Chicago.

A Polícia carioca estava à procura de quem controlava o Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo-RJ. 
Chegaram a um dos chefes do morro: Marcelo Leitão, o Bigode. Ele foi preso em Casemiro de Abreu, interior do estado do RJ. Com a captura, veio uma revelação, como conta a delegada Raíssa Seles: "Ele fazia uma lavagem do dinheiro que obtia com venda de drogas, investindo na fabricação e venda de bebidas falsificadas".
Começou então uma busca pelo fabricante das bebidas falsificadas. A investigação foi parar em São Paulo, onde teve ajuda da Polícia Civil do estado. "A nossa equipe foi em três municípios do interiror de SP: Americana, Santa Bárbara D'Oeste e Nova Odessa", diz a delegada Raíssa.
Em uma ação conjunta, os policiais dos dois estados chegaram aos produtores. Um deles é Maurício de Carvalho, "um empresário do estado de SP, que possui cerca de quatro empresas, legalizadas, que ele usa de fachada para a fabricação de bebidas falsificadas", conta a delegada.
Estava revelado o maior esquema de falsificação de bebidas já descoberto no Brasil. "A produção deles, nós estimamos que seja de 1200 a 1500 garrafas de bebidas alcoólicas por dia. Não tem nenhuma imperfeição na garrafa que ele vende. Você, visualmente, não consegue identificar que é falsa. A bebida dele passa por original em qualquer lugar e ele tem um grande lucro com isso", afirma Raíssa. Todo esse cuidado manteve o bandido no ramo de bebidas falsas por muitos anos.
O perito criminal Rômulo Facci alerta sobre os perigos da bebida falsa: "O principal perigo associado às bebidas falsificadas é o álcool metílico, que é um álcool mais simples. Ele pode causar náuseas, vômitos, dores de cabeça, quando se ingere aproximadamente 20 ml. Enquanto 60 ml já pode causar a morte".
Por: Valmir Salaro
Fonte: Hora 1 G1

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